quarta-feira, 23 de março de 2011

O Presente

Sento numa mesa qualquer e peço mais uma dose do meu vício. Apesar da calma aqui dentro, lá fora - assim como em minha mente - as coisas nunca param. Milhões de pessoas apertando o passo, correndo, tentando ser mais rápidas que o tempo, já que se encheram de compromissos que não cabem nele. E lá se vai mais um copo. Eu sempre fui muito adiantado, e por isso aprendi a esperar pacientemente dentro do que a minha ansiedade permite. A ambigüidade que ansiedade e nostalgia proporcionam é digna de uma boa risada, já que nunca vai mudar. Só peço que, ao passo que somos tão apegados ao passado e ao futuro, não esqueçamos de viver o presente.

domingo, 13 de março de 2011

Noite

Estranho constatar como as melhores palavras que escrevo geralmente tomam forma quando me aproximo dos domínios de Morpheu. Corro o dia todo de novo em minha mente, destaco aquilo de bom ou ruim, me questiono por decisões que eu mesmo tomei e se passaram minutos, segundos. Talvez seja a serenidade que precede o sono, ou mesmo a força que ganham as palavras quando de um pensamento horizontalizado. Já que, desde observar as estrelas até apreciar um amante, algumas das melhores coisas das vida faz-se deitado. Ainda sim, a escuridão da noite me envolve melhor que qualquer amante. Não é por acaso, já que não há momento melhor para divagar. Sim, por vezes tudo que eu quero com a chegada da noite é meu descanso, mas não é por culpa dela que minha mente me atazana com questões sem resposta que só servem para manter minha ansiedade alta. E é por isso que o breu é e sempre será meu parceiro.

Obrigado pelo sopro de possibilidades, noite.

quinta-feira, 10 de março de 2011

New days

New days are finally coming, I'm relieved. The butterflies in my stomach wouldn't let me lie about how I've waited and how scared I am. There will be new faces as well as new facts, and it won't be easy. I fill my chest with fresh air and think: Bring it on, I'm ready!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Estalo

Me sinto mal. Mas mal mesmo, sem drama lírico. Por mais que isso seja uma fraqueza humanamente comum, é horrível perceber que eu tenho consciência da série de eventos que tem feito mal à mim mesmo, e ainda assim eu não tomei atitude. Uma pena pensar que a gente precise de um estalo desses pra considerar mudar algo, mas dessa vez doeu mais do que eu posso suportar. Eu falo de mudanças com certa frequência, algumas vezes até consegui ter sucesso nelas, mas dessa vez é primordial que eu triunfe. Aconselho a mim mesmo (e a quem quiser ou precisar) que haja foco, junto de um belo punhado de força de vontade. Não farei promessa, pois uma hora elas acabam tornando-se vazias, mas dessa vez é agora ou nunca, e eu não pretendo perder.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Cicatrizes

O calor da batalha ainda estava em mim quando parei para pensar em tudo. Por mais que aquilo não tivesse qualquer aspecto físico, eu me sentia exausto. E escrever sobre isso é falar de mim e de como eu não sou capaz de não ter, pois aquilo que preciso vai além de fé ou razão, e mais uma vez achei que podia ter encontrado. Eu pensava poder afirmar que qualquer dano causado por tal era menor que meu sorriso nessas situações, e essa tornou-se mais uma das tantas afirmativas a se mostrarem falsas ao longo do meu caminho. Estaria mentindo se falasse que não vai deixar buraco em mim, mas percebi que tenho sido eficiente em disfarçar e remendar essas marcas. Elas estão lá, claro... afinal, o que é a vida sem um punhado de cicatrizes?