Mais uma vez, ela se mostrou não a única, mas a mais sólida e confiável base que tenho e terei nessa vida. E dessa vez o timing foi crucial, pois eu já estava prestes a visitar esse canto (quase) esquecido, mas tivesse eu feito isso uma semana antes o texto estaria muito mais pra Ian Curtis do que o que escrevo hoje.
Tá, até eu já me perdi no pensamento, mas que fique claro: não falo de alguém, falo dela, nem sempre protagonista, mas tema recorrente em meus textos, a música.
Se eu fosse um contador, diria friamente que os dias ruins tem superado os bons, mas eu nunca fui muito de reclamar e gosto de pensar que escondo tudo isso muito bem com um sorriso e simplesmente evitando tocar no assunto. O dois mil e dezesseis de ninguém tá exatamente bom, não é mesmo?! Mas tenho que confessar que, não fosse o evento que me fez lembrar a importância da música (não que algum dia eu tenha esquecido, mas vocês entendem), isso aqui seria muito mais sobre lamúrias e sobre o meu atual estado de estafa.
Tem uns vinte minutos que eu começo e apago esse parágrafo, tudo porque eu não sei como explicar a sensação que me fez salgar meu próprio rosto, causada por essa experiência. Não teve a ver com uma canção específica, uma frase ou um riff, mas certamente foi brutalmente acentuada pela qualidade do grupo em questão, e por isso eu sou grato a eles. Tinha anos que eu não sentia aquilo em um show, e certamente isso contribuiu pra intensidade do momento. Me senti como em um daqueles shows que eu saia cheio de marcas, mas mesmo assim revigorado.
As marcas agora são internas, e já estavam aqui antes, mas eu certamente precisava desse vigor.
We lose our minds when weThink it's not possible to winBut when we take controlWe realize it gets better