Sou só um simples observador do mundo, que conta aquilo que vê e inventa aquilo que falta.
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Memórias ferem
Ele estava machucado e tinha razão, por mais que sua amada não entendesse ou conseguisse enxergar isso. Sempre haviam sido felizes, mas depois daquele caso, aquele que quase os separou (e que não é história pra esse conto), nunca mais as coisas aconteceram da mesma forma. Ainda se amavam de uma forma mais intensa do que muita gente consegue compreender, mas ele nunca conseguiria apagar a memória daquilo que quase os separou e tinha razão. Confesso que eu, como observador, sempre admirei tal história, me questionando se eu teria tal força de vontade para lutar contra uma memória dessas. Acontece que a tal memória não dava trégua. Pois mesmo isso sendo tão hostil para o amor dos dois e mesmo com o esforço dele para esquecer, a amada simplesmente não conseguia largar mão daquilo. E isso os separava, pouquinho por pouquinho. E de vez em quando, por culpa da amada, que tentava se aproximar daquela memória, mas sem intenção de machucá-lo, ela o fazia. E o abismo que se criava entre os dois era enorme e ele tinha razão. Claro, têm-se que admitir que não era uma escolha fácil, mas era uma escolha que tinha de ser feita, pra que tudo pudesse se resolver. Pois por mais que não parecesse lógico, ele tinha razão.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Via Sedex
Foi embalada em três camadas daquele plástico bolha que a encomenda chegou, para não haver perigo de quebra. Era a mais nova aquisição de um dos maiores compradores de todos e ele ansiava por abrir e deliciar-se com a novidade. Sabia que era mais do mesmo, mas ainda sim se animava com um novo produto e sempre pensava que daquela vez seria diferente. Não hesitou e abriu, com todo o cuidado, aquilo que tinha chego para alimentar seu coração. Era sim, mais uma paixão, parecida com todas as anteriores, mas sempre um tanto diferente. Levou a caixa para seu quarto e, como uma criança estreiando seu presente de natal, passou a divertir-se escrevendo sobre a nova aquisição. Fez textos e músicas, declarações inigualáveis de um amor inabalável, como era de seu feitio. Apertou o botão 'VIVA!' e mais uma vez, depois de ver sua nova chance de felicidade dar seus primeiros passos, percebeu que ela cairia nas ciladas da vida e não sobreviveria, mesmo com todas as belas palavras que ele havia escrito. De novo viu-se incapaz e simplesmente encomendou outro produto daquilo que era seu vício: amar.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
There is a time for everything
-Tell me again, why are you leaving?
-It's not leaving if I still live in your heart, darling
-But I need you as close as my breathing
-We need each other, but not right now, not this way. It's not our time, not yet.
-Can't say I understand it, but do know that I'll be waiting.
terça-feira, 25 de maio de 2010
A tênue (pra mim, inexistente) linha
Hoje o poeta que mora dentro de mim me mandou uma carta. Mais do que de revolta, era uma carta de desabafo, e é endereçada a todas aquelas que podem vir a tocar seu coração:
" Don't wan't your friendship
Mais uma vez me vi figurativamente ajoelhado (pois era assim que eu me sentia) diante de você. E por 'você' eu quero dizer a figura feminina atemporal e impessoal que representa todas aquelas 'donas do meu coração'. Denovo eu fui amigo, confidente e porto seguro, mas não vi (pois não entendo como ela possa existir) a tênue linha que, como todas vocês já me disseram ou vão me dizer, separa isso de ser amante. Maldita definição de amor. Que, aliás, eu não conheço, então melhor chamar de indefinição. Por agora meu coração (já que digo por experiência própria, ele dói!) não aguentaria outro baque, então já adianto, se a sua amizade é tudo que pode me dar, entregue-a com um aviso de 'Cuidado, pode despedaçar corações'. "
Mais do que nunca, eu e ele precisamos de coisas que juntos escrevemos no passado.
REDEFINE LOVE
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